Tal mãe , tal filha

O simples fato de você e sua mãe serem de gerações diferentes faz com que tenham uma visão muito particular do mundo e da maneira de se relacionar com ele. Os conflitos existem porque a mãe tende a olhar para a adolescência da filha sob a perspectiva da adolescência que ela teve. Mas, ainda que existam, essas diferenças não devem servir para justificar tantas brigas e mágoas, queatrapalham a relação. Há uma barreira de preconceito muito forte entre as gerações. Mesmo com tantas opiniões que não batem, você e sua mãe poderiam estar vivendo de um jeito muito mais gostoso, o que facilitaria a sua vida e a dela, evitando tanto estresse e lágrimas. Quer tentar?

Por pior que tenha sido a última briga entre vocês, é sempre possível juntar os cacos e recomeçar. Mas, para que essa reaproximação aconteça, é preciso que alguém se habilite, fazendo a sua parte. Para começar, tente reconhecer que, por mais difícil que a sua mãe seja, ela também tem lá as razões dela para se estressar com você. A reconciliação só acontecerá se houver o entendimento de que, nessa história, não há certo e errado. O que existe, de fato, são só duas maneiras diferentes de pensar. Os adolescentes, em geral, idealizam os pais, desejando que pudessem ser melhor compreendidos. E se frustram porque a família não é exatamente como esperam. Mas, dificilmente, param para refletir se estão de acordo com o que os pais desejam deles, também. No fim das contas, embora a gente tenha, mesmo, um ideal de pais é pura perda de tempo querer mudar o jeito de ser do outro. Para tornar as coisas mais fáceis, o melhor mesmo é aceitá-los como são, não é verdade? Isso não significa aceitar tudo o que os pais impõem. Mas, que tal fazer isso sem desafiar a autoridade da sua mãe, colocando os seus argumentos? Os pais aprendem com os filhos, e podem modificar muito a visão deles. Mas isso só vai acontecer quando os adolescentes desenvolverem a capacidade de argumentação.

Para defender seus pontos de vista, você precisa:
1) Conversar com a sua mãe, ouvindo com respeito o lado dela e compreendendo suas razões;

2) Pensar exatamente no que vai dizer. É preciso mostrar que o seu ponto de vista é válido, só isso. Os conflitos não existem porque mãe e filha pensam diferente. Mas porque uma quer convencer a outra a adotar o seu ponto de vista.

FAÇA PAZ

Por fim, na tentativa de melhorar o clima em casa, procure olhar sempre para as coisas boas que a sua mãe faz por você. Se parar para refletir, verá que o que ela pede – respeito, atenção e carinho - é pouco perto do que você está exigindo dela. Quando temos o reconhecimento e a gratidão, sobra pouco para as críticas e as cobranças. A relação ganha muito com isso. E se cada uma de nós puder praticar esse exercício mais vezes, começando em casa, muita coisa vai mudar, para melhor. Basta fazer diferente.

Maneire nas críticas. Mesmo que perceba algo na sua mãe que não lhe agrade, diga isso a ela , com todo o cuidado para não magoar.

Pegue leve também nas exigências. Lembre-se de que ela também tem dores, dificuldades e problemas. Nem sempre poderá estar disponível para ajudar você a resolver os seus dramas.

Da mesma forma, ao perceber que sua mãe está num dia complicado, esqueça um pouco as coisas do seu interesse e coloque-se à disposição dela, para ajudar.

Tente não ver todos os comentários que ela. Na maioria das vezes, só está querendo ajudar.

Desista de convencer sua mãe a aceitar o seu jeito de ver o mundo. Apenas aceite-a do jeito que é, e coloque também os seus argumentos.

Evite gritarias, xingamentos . Em geral, nada justifica desafiar a autoridade da sua mãe dessa forma.

Se quer mais liberdade, demonstre que tem mais responsabilidade e maturidade do que seus pais imaginam.

Mãe você é chataaa
Quem vive discutindo com a mãe, seja pelo que for, entende muito bem a complexidade desse relacionamento que pode ter tanto laços muito bonitos de amor, compreensão e carinho quanto nós dificílimos de desatar! Brigas sérias, bobas, hilárias, marcantes...Não tem jeito, elas estão sempre presentes – do momento em que a gente acorda e esquece de arrumar a cama até o momento em que as mães nos ligam querendo saber onde – e com quem! – estamos ou por que não estamos estudando para a prova. Sabe quando tudo vira motivo para discussão?

Meninas, falar da relação mãe- filha sem mencionar os conflitos é mesmo impossível! Mas a grande questão é: apesar de não parecer, conflitos entre mãe e filha são absolutamente normais e, pasmem, podem até ser bons. “Como assim?”, você deve estar se perguntando. Simples: brigar faz parte do nosso amadurecimento e do amadurecimento das nossas mães também. Afinal, ninguém nasce sabendo cuidar de ninguém, né? Por isso, se você está desesperada por uma trégua com a sua mãe, a dica é: tenha paciência!

OK, você quer as suas coisas assim e ela, assado. É complicado mesmo, ninguém disse que não é. Mas se a gente nunca tentar se entender com as nossas mães, imagina a confusão! Aí você fica imaginando se, quando tiver uns 20 ou 30 anos, ainda vai viver brigando com ela por causa da estação de rádio que você sintonizou, por causa da bagunça do quarto, do namorado, dos pés descalços e por aí vai. Não rola, né?

Mães às vezes podem ser chatas e até mesmo in-su-por-tá-veis, mas são as nossa mas são as nossas mães e é para elas que a gente pede colo quando ficamos doentes, quando estamos com algum problema, etc, não é verdade? .
Por isso, se qualquer coisa no seu relacionamento com a sua mãe te incomoda, converse com ela, mostre que você procura entendê-la e vá deixando os seus pontos de vista claros também. Com certeza uma briguinha aqui e ali sempre vão acontecer, mas muita calma nessa hora! Afinal, todos os relacionamentos do mundo são desse jeito! Por fim, não se esqueça que, para a sua mãe, você é a coisa mais importante do mundo, acredite. Que tal, então, pegar leve com ela para ela começar a pegar leve com você também?